Judeus israelenses nascidos em países afetados por medida de Trump podem viajar aos EUA

Para entrar nos EUA, judeus devem ter visto americano válido em passaporte israelense e não podem ter passaporte válido de outros países.

Por France Presse

Manifestantes pró-imigração protestam contra medida de Trump no Aeroporto Internacional de Dulles, na Virgínia (Foto: REUTERS/Mike Theiler)

Manifestantes pró-imigração protestam contra medida de Trump no Aeroporto Internacional de Dulles, na Virgínia (Foto: REUTERS/Mike Theiler)

Judeus nascidos em qualquer dos sete países de maioria muçulmana pelo decreto do presidente americano, Donald Trump, que tiverem adquirido a cidadania israelense, podem continuar viajando aos Estados Unidos, informou nesta terça-feira a embaixada americana em Tel Aviv.

Na sexta-feira, Trump promulgou um decreto que proíbe aos cidadãos de Irã, Iraque, Síria, Iêmen, Líbia, Somália e Sudão entrar nos Estados Unidos durante 90 dias, prazo para revisar os critérios para concessão de vistos, por se tratar de países cuja população é majoritariamente muçulmana.

O decreto provocou incertezas entre as dezenas de milhares de judeus nascidos nestes países, mas que em seguida emigraram para Israel e adquiriram a nacionalidade daquele país.

“Se você dispõe de visto americano válido em seu passaporte israelense e nasceu em Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria ou Iêmen, e não dispõe de um passaporte válido de alguns destes países, seu visto (…) continua sendo válido”, destacou a embaixada dos Estados Unidos em um comunicado.

“Continuamos tratando as demandas de visto de solicitantes nascidos nestes países desde o momento que não tenham passaporte válido de algum deles”, acrescentou.

Cento e quarenta mil pessoas nascidas em algum destes sete países residem atualmente em Israel, das quais 45.000 são iranianas e 53.000 iraquianas, de acordo com estatísticas oficiais. A maioria destas pessoas tem mais de 65 anos e muitos fugiram das perseguições aos judeus. Em seu passaporte israelense consta seu local de nascimento.

O ministério israelense de Relações Exteriores havia anunciado que buscava determinar até que ponto estas pessoas poderiam ser afetadas pelo decreto promulgado por Trump.

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