GP da Holanda tem baixas de Norris, Hamilton e Leclerc; Piastri vence, e calouro conquista pódio inédito

Depois de três semanas de descanso, a Fórmula 1 voltou neste domingo, com o Grande Prêmio da Holanda, marcado por bandeiras amarelas. Duas delas foram motivadas por ocorrências envolvendo os carros da Ferrari: Lewis Hamilton e Charles Leclerc bateram, em momentos distintos da corrida, e são baixas.

Desde o GP do Canadá, em junho do ano passado, a Scuderia não chegava ao fim de uma corrida sem pilotos na pista. Próximo ao fim do dia, o carro de Lando Norris (McLaren), que estava na segunda posição, deu problemas e ele também precisou abandonar a corrida. Então, seu companheiro de equipe Oscar Piastri, líder do mundial, teve caminho livre para ganhar a prova. Max Verstappen (Red Bull) ficou em segundo, seguido pelo calouro Isack Hadjar, da Racing Bulls, que chegou ao seu primeiro pódio da carreira na F1, aos 20 anos.

Piastri largou bem e se firmou na ponta, que já era sua, pois largou na pole position. Já Verstappen, que largou em terceiro, conseguiu ultrapassar Norris logo na curva 3, ainda na primeira volta, mesmo após parecer que perderia o controle do carro. Só que, na volta 9, o britânico reassumiu a segunda posição — deixada por ele a menos de dez voltas para o fim, quando seu carro enfrentou problemas. Saindo fumaça do motor, o piloto da McLaren abandonou a prova.

O brasileiro Gabriel Bortoleto, da Sauber, por sua vez, enfrentou problemas ao tracionar na largada e, depois de largar em 13º, chegou à última posição. Com um toque no carro de Lance Stroll, da Aston Martin, o brasileiro perdeu ainda um pedaço da asa dianteira, que caiu na pista, incidente que deve ser avaliado ao fim da corrida. Durante um safety car, a equipe optou por não trocar os pneus, o que prejudicou o brasileiro, que havia alcançado a 10ª posição, e caiu para último novamente. Ele cruzou a linha de chegada em 15º.

Já na volta 21, a protagonista da prova foi a… chuva, que passou a molhar as pistas do Circuito de Zandvoort. Duas voltas depois, Lewis Hamilton perdeu o controle do carro da Ferrari em uma das curvas e bateu contra a placa de publicidade — em entrevista à Band, no entanto, ele disse que a culpa do acidente não foi a pista molhada. Por isso, o safety car foi acionado e permaneceu na pista por mais seis voltas, motivo de reclamação de Bortoleto, que estava em 18º.

Na volta 32, o virtual safety car foi acionado por conta de detritos na pista. Ao ser retomada, a corrida foi protagonizada pela ultrapassagem de Charles Leclerc (Ferrari) sobre George Russel (Mercedes), na disputa pela quinta posição. Os carros chegaram a se tocar, mas o da Scuderia levou a melhor na curva, passando sobre a zebra e a brita.

Mais um safety car, já na volta 53, foi acionado quando Leclerc rodou na pista, após tocar em Kimi Antonelli, da Mercedes, punido em 10 segundos. O piloto da Scuderia precisou abandonar a prova, encerrada sem nenhum carro da equipe. Desde o GP do Canadá de junho do ano passado, quando Leclerc abandonou a prova por problemas no motor e Carlo Sainz bateu, a Ferrari não encerrava uma corrida sem carros na pista.

Hadjar: pódio inédito

Destaque no treino classificatório, Hadjar conseguiu sustentar a quarta colocação, da qual largou, por toda a corrida deste domingo. O feito, que já era de comemorar em seu primeiro ano na Fórmula 1, melhorou. Com a baixa de Norris, o jovem piloto terminou em terceiro — se disse “muito feliz” —, primeira vez em que sobe ao pódio na Fórmula 1, motivo de muita comemoração para a sua equipe após a bandeira quadriculada.

— Parece irreal. A maior surpresa foi manter o quarto lugar por toda a corrida. Acabamos nos beneficiando pelo Lando (Norris), pelo problema que ele teve, mas eu não fiz nenhum erro — disse Hadjar, que exaltou o seu feito. — Esse sempre foi o objetivo desde que eu era criança, esse é o primeiro passo. Meu primeiro pódio. Tomara que outros venham.

( O Globo – Mais Goiás )

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