Prefeita de Bela Vista de Goiás quer leiloar quatro áreas públicas

Faltando sete meses para encerrar seu segundo mandato, a prefeita de Bela Vista de Goiás, Nárcia Kelly (PP), vai leiloar quatro áreas públicas. O edital do leilão prevê uma arrecadação de no mínimo R$ 5.389 milhões, considerando os lances mínimos pelos três lotes oferecidos.

As ofertas podem ser feitas no dia 27 de maio. Às 9h será encerrado o primeiro lote e a cada três minutos os outros três.

Os lances foram estabelecidos pelo valor da avaliação dos imóveis à venda, conforme o edital do leilão. A justificativa para a venda é a necessidade de levantar recursos para a construção de um cemitério novo na cidade. A estimativa é de que o atual cemitério esgote a capacidade de meados de 2025 até o final do próximo ano.

Prefeita explica o leilão de áreas em Bela Vista

“Só podemos vender para comprar outra área pública e precisamos comprar uma nova área e construir um novo cemitério”, destaca a prefeita. Além da compra do novo terreno e da obra, Nárcia Kelly diz que o recurso também será aplicado na construção das vias de acesso, que incluem uma avenida. “E se sobrar algum recurso dessa venda, só podemos investir na Previdência dos servidores da Prefeitura de Bela Vista”, acrescentou.

Ela frisou que o processo foi aprovado pela Câmara Municipal da cidade no ano passado. Sobre só ter encaminhado o leilão agora, ela explicou que o processo é complexo e precisou atualizar todas as matrículas dos imóveis. “Até fazer um certame para escolher uma empresa leiloeira, demora meses e eu tenho que trabalhar pela população até dezembro de 2024”, justificou. Além disso, a prefeita acrescentou que não poderia ter iniciado o processo este ano, que é eleitoral, mas iniciou em 2023.

Questionada se não haveria outras destinações para os prédios em fase de leilão e levantar os recursos em outras fontes, ela disse que o Ministério Público recomendou que, se fosse utilizar os prédios, que são antigos, “teria de fazer uma grande reforma porque são antiquíssimos”.

Nárcia Kelly acentuou que foi construído um novo hospital em Bela Vista justamente pela decadência do outro. E ainda argumentou que o valor para reforma seria muito elevado para o município “que não tinha recursos para isso. Quem comprar vai ter que investir muito”. A falta de reforma, assegura ela, também cria impedimentos para a destinação a outros órgãos públicos.

Segundo ela, não foi necessário submeter o processo de leilão à avaliação do Ministério Público.  ( Fonte: Diário de Goiás )

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