Agentes ambientais levam ação educativa aos frequentadores do lago de Corumbá IV, em Abadiânia e Alexânia

Ações de educação ambiental, por terra e por água, foram realizadas pela Corumbá Concessões durante o feriado de Tiradentes, com foco nos municípios de Abadiânia e Alexânia. Durante parada ecológica realizada na estrada de acesso ao lago de Corumbá IV, em Abadiânia, em 20 de abril, agentes ambientais orientaram motoristas sobre os cuidados com o reservatório e sua Área de Preservação Permanente (APP). No sábado, 22, foi a vez de famílias acampadas na beira do lago receberem as recomendações sobre a responsabilidade de cada um durante o lazer na região, no tocante ao descarte correto de resíduos sólidos, à segurança de adultos e crianças e ao respeito à flora e fauna. As atividades fazem parte do Programa de Educação Ambiental (PEA).

O geógrafo e professor aposentado Abidão Eustáquio da Silva, residente em Brasília, foi um dos 86 motoristas que seguiam, por Abadiânia, para curtir o feriado na beira do lago. “Esta ação educativa é fundamental para a natureza em geral, e principalmente para o lago, e poderia ser feita mais vezes. Nós todos temos o dever de orientar os turistas, inicialmente, como a Corumbá está fazendo, e quem sabe poderíamos criar, no futuro, uma alternativa de punição para aqueles que infringem as leis ambientais”, avaliou. Ele disse que desde 2012 passa todos os fins de semana em sua casa de veraneio e percebe que os turistas deixam lixo jogado dentro do lago e nas estradas. “O lago é muito importante para o turismo e lazer e também como solução para o abastecimento de água, em tempo de escassez hídrica”, complementou.

“Eu amo isso aqui de paixão”, afirma Josefa Inês da Conceição, que mora em Aparecida de Goiânia e tem um rancho no condomínio Lago Azul, em Abadiânia. Ela enfatiza que a família pratica o lazer consciente, muitas vezes sob a sua “chibata”, brinca. “Aqui todos têm que usar colete salva-vidas ao entrar na água, quem beber não pode dirigir barco nem carro, e ninguém pesca com rede ou tarrafa. Ontem (sexta-feira), os meninos pegaram 3 tucunarés filhotes e soltamos na água de volta”, contou. Josefa lembra que todo cuidado é pouco também em relação a cobras que, ali, estão no habitat delas.

Magda Viana de Souza tem um rancho na beira do lago, em Alexânia. “Se pensarmos em maravilha de natureza, é aqui, no Corumbá IV”, elogia. Ela conta que para preservar o local, a família adotou algumas regras: “Nós levamos o lixo para Brasília e descartamos em containers; tomamos conta de nossas crianças e dos filhos de outras famílias para nos certificarmos de que estão usando coletes e protetor solar, fora os cuidados com o local onde acampamos”, disse.

Francinaldo Pereira Ribeiro, morador de Ceilândia, frequenta a região há 18 anos, desde antes do enchimento do lago de Corumbá IV, quando ali passava o rio Corumbá. Ele lembra que antigamente havia muitos animais e a mata era mais preservada. “O reservatório mudou a paisagem, mas veio para o benefício da população. Nesse ponto onde estamos, a vegetação está bem preservada porque o dono da fazenda não deixa desmatar, mas não é assim em outras margens do lago, infelizmente”, lamentou. Quanto ao lago, Francinaldo enfatiza que as pessoas têm que pensar nas próximas gerações e mantê-lo limpo, pois ele pode ser a solução futura para a falta de água.

“Lazer tem que ter final feliz”, lembra o empresário Michel Gonçalves, de Anápolis, que junto com a família e amigos curtiu o final de semana no lago de Corumbá IV, em Abadiânia. Segurança, para ele, é o fator mais importante durante o lazer: “Sem colete ninguém entra na nossa embarcação, porque um acidente vem sem a gente pedir, aparece do nada”. Michel, que frequenta o reservatório desde o seu enchimento, há 11 anos, observa que os turistas estão mais conscientes, hoje, em relação ao descarte correto de lixo, do que antigamente. Para ele, as ações educativas contribuem para essa mudança de comportamento porque muitas vezes as pessoas se descuidam por falta de informação e de incentivo.

Um dos fatores de preservação da APP é a proibição de estacionamento de veículos numa área de 30 metros da orla. Mas, segundo observação dos agentes ambientais que atuaram na abordagem via lago, 80 carros estavam estacionados dentro dessa margem de segurança. “Aqui ficamos ao Deus-dará. Vemos muita irresponsabilidade, como lanchas e jet-ski que passam raspando nos banhistas, barcos com motores dois tempos que derramam óleo e poluem a água, crianças na água sem colete e lixo jogado por todo lado”, reclama Ari Djalma Gomes, proprietário de casa na região de Abadiânia. Segundo ele, os proprietários de condomínios no lago que trazem convidados ou que permitem a entrada de turistas durante os finais de semana não orientam as pessoas sobre a preservação do local. “Aqui falta fiscalização”, finaliza.

Como uma forma de incentivo às boas práticas ambientais, durante as duas atividades realizada em Abadiânia e Alexânia, os agentes da Corumbá Concessões distribuíram a aproximadamente 300 turistas kits contendo saco de lixo biodegradável, lixocar e cartilhas sobre lazer consciente.

 * Fonte/Fotos: Assessoria de Comunicação – Ana Guaranys – Corumbá Concessões

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