Silvanienses participam em Goiânia de protestos contra reforma da previdência
Na manhã desta quarta-feira (15), centenas de trabalhadores de diversas categorias protestaram no Centro de Goiânia contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal por meio da PEC 287. Vários sindicatos e movimentos sociais se reuniram na Praça do Bandeirante para se manifestar contra a medida.
Liberados pela Regional do Sintego, um grupo de silvanienses participou das manifestações.
As mobilizações dos sindicatos começaram em pontos diferentes da cidade. Na entrada da Assembleia Legislativa, trabalhadores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), ao Sindicato dos trabalhadores técnico-administrativos em educação (Sint-Ifesgo), ao Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Goiás (Sindipúblico) e aos sindicatos das polícias Civil, Rodoviária Federal e Técnico Científica, dos guardas de trânsito e dos agentes prisionais utilizavam carros de som para protestar e clamar pelo apoio dos deputados.
Mais para frente, quando saíram em marcha pelo Centro da cidade, os manifestantes ligados à Educação se encontraram com os da Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas no Estado de Goiás (Stiueg), do MST e do MTST próximo à Praça Cívica. De lá, seguiram em direção à Praça do Bandeirante, onde se uniram à mobilização os sindicatos dos Trabalhadores nas Empresas de Correios Telegrafos e Similares do Estado de Goias e Tocantins (Sintect) e dos Servidores do Poder Judiciário Federal no Estado de Goiás (Sinjufego).
O movimento causou tumulto no trânsito e chegou a haver um momento de tensão quando motoristas que passavam pela Praça Cívica começaram a buzinar para passar pelo local e os manifestantes “revidaram” com um apitaço. Apesar disso, a movimentação foi tranquila e, segundo a Polícia Militar, nenhuma ocorrência foi registrada.
Greves
“Estamos unidos para impedir a retirada dos nossos direitos”, resumiu a presidente do Sintego, Bia de Lima, sobre a manifestação da manhã desta quarta. “O prejuízo da aprovação da Reforma da Previdência seria avassalador, destruidor, porque ficaríamos absolutamente sem futuro. É o fim. Por isso precisamos nos unir e fazer a nossa greve. Para isso estamos aqui hoje e estamos só começando”, ressaltou.
A categoria que ela representa paralisou ainda hoje as atividades em todas as escolas estaduais e municipais de Goiânia. Atos de professores também foram realizados em Anápolis, Nerópolis, Palmeiras e Mineiros.
Outra categoria que também está prestes a entrar em greve é a dos policiais. Agentes das diversas corporações – Civil, Federal, Rodoviária Federal, Técnico-Científica, além de guardas prisionais – se congregaram na União dos Policiais do Brasil (UPB). Juntos, eles decidiram nesta quarta-feira, em frente a Assembleia Legislativa, por uma greve geral, que ainda não tem data definida para começar.
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Goiás (Sinpol-GO), a expectativa é que o dia do início da greve seja definido na próxima semana, quando os policiais participam de uma mobilização em brasília contra a PEC 287. “Essa PEC é um crime contra o trabalhador brasileiro”, afirmou o presidente do sindicato, Paulo Sérgio Alves de Araújo.
Segundo ele, a greve das forças de segurança será decretada caso os servidores da área não sejam retirados da proposta. “Obrigar o trabalhador a contribuir por 49 anos e se aposentar com no mínimo 65 é decretar que ele morrerá antes de aposentar”, pontuou. “Se os parlamentares não se conscientizarem que as forças policiais necessitam de sua saúde mental e física para exercer sua função a contento, nós vamos paralisar em todo o País, então, infelizmente, todo mundo acaba perdendo.”
* Com informações do site É Mais Goiás
* Fotos: Redes Sociais