Silvânia tem sete casos de hanseníase registrados desde 2017

Neste domingo, dia 27, é o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase, data instituída pela Organização Mundial de Saúde. Este ano o tema são as incapacidades físicas causadas pela doença, que coloca o Brasil na segunda posição do mundo, entre os países que registram novos casos desse problema de saúde pública no País.

Em Goiás, a hanseníase apresenta redução gradativa do número de casos novos. Mesmo assim, nos últimos anos, são detectados cerca de 1.400 registros por ano. Em 2016, a estatística foi de 1.320 casos notificados. Em 2017, foram 1.342 casos novos e, em 2018, os dados parciais 1.321 notificações. Porém, os dados representam 20,4/100 mil habitantes no coeficiente de detecção, índice considerado alto segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Hoje em entrevista ao Programa O Giro da Notícia, da Rio Vermelho FM, a coordenadora da vigilância epidemiológica de Silvânia, Vilaine Alves, contou de desde 2017 o município registrou sete casos da doença. Segundo ela foram dois casos em 2017, três em 2018 e dois nestes primeiros dias de 2019. Vilaine explicou que a secretaria de saúde acompanha os casos e que não existe nenhum tipo de risco. A coordenadora informou que a rede de saúde pública dispõe de condições de tratar e monitorar todos os casos

A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por um bacilo que acomete a pele e os nervos. A forma de contágio ocorre pelas vias aéreas superiores (ao falar, tossir ou espirrar), por pessoas doentes que não estejam em tratamento. Os sintomas são manchas brancas, acastanhadas ou avermelhadas na pele, com dormência, perda de pelos, caroços pelo corpo, inchaço na face e nas orelhas.

Quando não diagnosticada e tratada precocemente, a hanseníase evolui para incapacidade física, principal responsável pelo preconceito e discriminação às pessoas acometidas pela doença, que tem cura. Os medicamentos são gratuitos e estão disponíveis na rede SUS. O tratamento varia de seis meses a um ano, dependendo da quantidade de bacilos e lesões.

Prevenção

A gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Goiás (SES-GO) Magna Carvalho, explica que o diagnóstico precoce e o tratamento oportuno são as principais formas de prevenir as deficiências e incapacidades físicas causadas pela hanseníase. Para a prevenção de incapacidades físicas destacam-se ações fundamentais como: educação em saúde, diagnóstico precoce, tratamento regular com a poliquimioterapia, vigilância dos contatos, detecção precoce e tratamento das reações e neurites, apoio emocional e psicológico, e ainda integração social e realização do autocuidado.

O atendimento aos portadores de hanseníase em Goiás tem como porta de entrada a atenção primária, a partir das Unidades Básicas de Saúde. Os casos com suspeita de recidiva, menores de 15 anos, reações de difícil controle e outras complicações deverão ser encaminhados às unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.

Com o objetivo de estimular a população a procurar o serviço de saúde, bem como incentiva a busca ativa pelos profissionais de saúde, a Coordenação Estadual de Controle as Hanseníase/SES/GO incentiva e recomenda às Regionais de Saúde e municípios que sejam promovidas durante a última semana do mês de janeiro atividades alusivas ao Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. (Com informações do site Notícias de Goiás  – Foto: ilustração )

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