Ifag anuncia início de obras em sete rodovias estaduais com recursos do Fundeinfra, entre elas Silvânia/Bela Vista de Goiás

O Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária em Goiás (Ifag) anunciou que quatro frentes de trabalho de pavimentação de rodovias estaduais no Sudoeste do estado devem começar em setembro. As intervenções fazem parte do Termo de Cooperação firmado com o Governo de Goiás em 23 de junho de 2025 para gestão de recursos do Fundo Estadual de Infraestrutura (Fundeinfra), com previsão inicial de sete rodovias, podendo chegar a 12 mediante aditivo.

O anúncio oficial ocorreu nesta terça-feira (19), na sede da Faeg, em Goiânia, com a presença de autoridades estaduais, prefeitos e lideranças do setor agropecuário. O presidente do Ifag, Armando Rollemberg, apresentou detalhes do planejamento, destacando a transparência e os mecanismos de controle adotados.

A ideia é que o modelo seja validado e dê transparência à administração pública, com a agilidade do setor. Temos várias camadas de controle, seja da Corregedoria Geral do Estado, do Tribunal de Contas, do Ministério Público… estamos à disposição para esclarecer qualquer questão”, afirmou.

Obras e cronograma

Os primeiros trechos a receberem pavimentação incluem:

  • GO-180: 32,88 km entre os entroncamentos da GO-467 e GO-306, com investimento de R$ 138 milhões, incluindo uma ponte de concreto de 60 metros sobre o Ribeirão Ponte de Pedra, prazo de execução de 31 meses.
  • GO-147 (Região da Estrada de Ferro): 46,26 km entre Bela Vista de Goiás e Silvânia, com investimento de R$ 170 milhões, incluindo ponte de 50 metros sobre o Rio dos Bois, execução prevista em 19 meses.
  • GO-178 (lote 1): 38,8 km entre BR-364 e GO-306, R$ 130 milhões e prazo de 21 meses. O lote 2, com 46,5 km entre GO-306 e Itarumã, começará em 2026, investimento de R$ 184 milhões, incluindo ponte de 100 metros sobre o Rio Verde.
  • GO-461: 52,35 km entre GO-194 e GO-221, com início em 2026 e custo de R$ 108 milhões.

Outros trechos aguardam aditivo ao Termo de Cooperação, como GO-435, GO-206, GO-439, GO-455 e GO-341.

Parceria e planejamento estratégico

O secretário de Infraestrutura, Adib Elias, reforçou a importância das rodovias para o desenvolvimento econômico e social de Goiás: “O que a gente vai fazer é garantir rodovias e estradas asfaltadas, consolidando a parceria com o IFAG. É uma estrutura pensada para dar celeridade, respeitando todas as etapas jurídicas e técnicas. Não pulamos nenhuma fase, tudo está de acordo com a Procuradoria Geral do Estado.”

José Mário Shreiner, assessor do Ifag, destacou o impacto das obras no futuro: “O potencial é enorme, tanto do ponto de vista econômico quanto social. Isso gera emprego, melhora a qualidade de vida e traz retorno em impostos para o Estado. Todas as decisões são tomadas com critérios técnicos e análise de anteprojetos, garantindo que as rodovias sejam executadas de forma estruturada.”

Rollemberg reforçou que o processo de contratação segue critérios rigorosos, com mais de 70 empresas habilitadas no credenciamento da Golunfa: “Publicamos atos convocatórios para apresentação de propostas técnicas, avaliadas por comitê especializado. Esse modelo garante transparência e permite que qualquer dúvida seja esclarecida ao longo da execução das obras.”

Desafios e complexidade na execução das rodovias

Pedro Sales, presidente da Goinfra (Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes), detalhou as dificuldades enfrentadas para contratar e iniciar a execução das obras rodoviárias. Segundo ele, o processo envolve três licitações distintas, que exigem rigor técnico e jurídico para garantir a qualidade e a segurança dos projetos.

“Uma rodovia não se constrói do dia para a noite. Primeiro, precisamos contratar o projeto executivo, depois a empresa que executará a obra, e por fim uma terceira empresa que fará a supervisão e controle tecnológico, quase como uma auditoria”, explicou. Sales ressaltou que cada etapa é crucial para evitar improvisos ou empresas sem capacidade técnica.

O presidente da Goinfra destacou ainda o tempo necessário entre o anúncio e o início efetivo das obras. “Do momento em que anunciamos uma obra até a chegada da primeira máquina no terreno, podem se passar quase três anos. Isso envolve estudo, licitação e aprovação de cada detalhe técnico. Esse é um desafio que a sociedade muitas vezes não percebe, mas é essencial para garantir que o investimento público seja seguro e eficiente.”

Segundo Sales, o modelo adotado pelo Ifag e pelo governo estadual permite acelerar parte do processo, mas respeitando todas as etapas legais e técnicas. “Com planejamento e controle rigoroso, conseguimos transformar um processo que normalmente seria lento em algo mais célere, sem comprometer a qualidade final das rodovias”.

( Fonte: Altair Tavares – Diário de Goiás )

 

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