Faeg alerta para impactos econômicos e ambientais das queimadas em Goiás
As queimadas têm sido um grande desafio para o setor agropecuário em Goiás, refletindo uma realidade que se alastra por diversas partes do Brasil. Com um impacto significativo tanto econômico quanto ambiental, a situação tem sido amplamente discutida pela Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), que destaca as consequências graves desses incêndios, muitas vezes criminosos.
Thiago Castro de Oliveira, assessor de meio ambiente e recursos hídricos da Faeg, explicou que os danos diretos causados pelas queimadas. Segundo Oliveira, um dos principais impactos é patrimonial. “Os focos de incêndio que ficam sem controle podem queimar maquinários, colheitadeiras e galpões,” afirmou. Esse tipo de perda, além de afetar a capacidade operacional das propriedades, implica custos elevados para reposição e reparo de equipamentos.
Além dos danos materiais, as queimadas afetam severamente a qualidade do solo. “O fogo mata a microbiota do solo. O produtor rural aduba, calcareia, pra justamente ter um solo rico em nutrientes, em microrganismos, e assim quando tem fogo, mata, se perde tudo,” explicou Oliveira. O impacto sobre a microbiota do solo é particularmente preocupante, pois os microrganismos são essenciais para a fertilidade e saúde do solo.
A perda de produtividade também é um resultado direto das queimadas. “Alguns estudos mostram que uma área de soja que pegou fogo, por exemplo, num próximo plantio, ela perde até dez sacos por hectare”, pontua o representante da Faeg. Considerando o preço atual da soja, que gira em torno de R$ 120 por saca, isso representa uma perda significativa de R$ 1.200 por hectare.
Diante desse cenário, Oliveira enfatizou a importância de ações rápidas e eficazes para combater e prevenir os incêndios. “Quando tiver foco de incêndio, é preciso procurar logo um sistema de brigada de incêndio, acionar o Corpo de Bombeiros para apagar rapidamente o fogo,” recomendou. Ele também destacou que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) oferece cursos especializados em manejo do fogo, orientando os produtores sobre as melhores práticas para o controle de incêndios.
( Fonte: A Redação – Foto: Ilustração )

