De Catalão, homem que destruiu relógio raro na invasão do Planalto é preso
Filmado ao derrubar e destruir um relógio do século 17 durante invasão do Palácio do Planalto, no último dia 8 de janeiro, Antônio Cláudio Alves Ferreira foi preso na noite desta segunda-feira (23/1). De Catalão, ele estava em Uberlândia (MG) e foi capturado pela Polícia Federal (PF). De acordo com o órgão, o suspeito já tem passagens por tráfico de drogas (2017) e receptação (2014).
A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O objeto histórico, que pertenceu a Dom João VI, levava a assinatura do relojoeiro francês Balthazar Martinot e teria sido trazido ao Brasil em 1808. Martinot, que trabalhava para rei Luís XIV tem obras expostas, inclusive, no Palácio de Versalhes, na França. A busca por Antônio Cláudio vinha sendo feita desde sábado (21/1), quando a PF conseguiu identificar o homem através de imagens das câmeras de segurança do Palácio do Planalto. Na ocasião, ele vestia uma camiseta preta estampada com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com os escritos “Bolsonaro Presidente”.
Na gravação Antônio aparece retirando os ponteiros do relógio e arrancando uma estátua de Netuno, que era fixada à obra de arte.Logo após destruir a peça, ele tentou quebrar a câmera de segurança que fica no terceiro andar do Palácio do Planalto, mas não conseguiu. O rosto do suspeito também aparece em outro vídeo: desta vez no bloqueio de uma rodovia, ajoelhado, no meio do asfalto, tentando impedir a passagem de caminhões.
Com o suspeito detido, a PF investiga os atos, que são considerados crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido. ( Fonte e foto: A Redação )

