Pesquisadores vão estudar impactos ambientais na Bacia do Rio Vermelho, em Silvânia
Acontece nesta quinta-feira, 6 de abril, às a partir das 09:00 horas no Auditório do Coopersil, em Silvânia, a primeira Assembléia de 2017 do Conselho Consultivo da Floresta Nacional de Silvânia.
Na Assembléia, além de outras pautas acontece a apresentação do projeto de pesquisa intitulado “Conectividade Funcional e Antropização das Paisagem: Estudo de casa na Floresta Nacional de Silvânia e Micro Bacia do Rio Vermelho.” Que integra o Programa de Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação.
O projeto foi apresentado pela Universidade Federal de Goiás e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior do Ministério da Educação. Durante três anos cerca de 30 pesquisadores de universidades de Goiás e Distrito Federal vão desenvolver pesquisas sobre impactos ambientais provocados pela nova realidade ecológica na bacia do Rio Vermelho e Córrego Caidor, em Silvânia. O projeto será coordenado pelo Instituto de Ciência Biológicas da Universidade Federal de Goiás.
Criada pela Portaria 247, de 18 de junho de 2001, a Floresta Nacional, distante sete quilômetros de Silvânia, é administrada pelo Instituto Chico Mendes da Biodiversidades e é uma reserva ecológica com 486,7 hectares. Seu objetivo é promover o manejo adequado dos recursos naturais; garantir a proteção dos recursos hídricos e das belezas cênicas; fomentar o desenvolvimento da pesquisa científica básica e aplicada, da educação ambiental e das atividades de recreação, lazer e turismo.
Formam o Conselho Consultivo da Flona de Silvânia representantes de órgãos ambientalistas, poder executivo, câmara de vereadores e técnicos ligados à área do meio ambiente. O conselho é presidido pelo biólogo Renato Miranda. São objetivo é acompanhar e definir as atividades realizadas na Floresta Nacional (Flona)
Na Flona é possível encontrar várias fitofisionomias do Cerrado, tais como campo cerrado, cerrado stricto sensu, campo sujo e floresta de galeria. Através de levantamentos iniciados em 2009 já foram identificadas 48 espécies vegetais distribuídas em 24 famílias e 36 gêneros. As famílias mais representativas foram Malpighiaceae (15 espécies) e Fabaceae (06 espécies). Essas famílias são citadas entre as 10 famílias de plantas mais importantes do Cerrado.
O relevo da Floresta Nacional de Silvânia está caracterizado pela presença de antigas superfícies de erosão parcialmente desmanteladas pela atuação de processos fluviais que originaram longas vertentes convexas, além de isolados remanescentes erosivos em forma de morros capeados por afloramentos de lateritas.
A Floresta Nacional de Silvânia possui apenas uma unidade geológica, representada pelas rochas Supracrustais. Essas são pertencentes ao Complexo Granulítico Anápolis-Itauçu, cujos granulitos são paraderivados. As rochas desta unidade são: calcissiliáticas, gondito, gnaise e mármore, representativas do eon Proterozóico, e era Neoproterozóica, sendo, portanto, bastante antigas.
A Flona possui corpos hídricos que são seus limitantes naturais. É o caso do córrego Estiva (ao norte), afluente do córrego Marinho (a nordeste), que, por sua vez, deságua no Rio Vermelho (a sudeste), o qual recebe também o Córrego Senhor do Bonfim, cujas nascentes encontram-se totalmente preservadas, sendo uma no interior da Flona e outra em área de reserva legal contígua á área. Na Flona ainda existem outras quatro nascentes preservadas. Estes mananciais integram a bacia do Rio Piracanjuba, que nasce dentro do município de Silvânia, altamente antropizados, com impactos negativos de retirada de areia e construção de hidrelétricas. Portanto, estes mananciais têm um especial significado para a comunidade, pois representam o potencial futuro de seu abastecimento.
O Conselho Consultivo da Flona é presidido pelo biólogo Renato Cézar de Miranda