Operação da Policia Civil investiga adulteração de café. Empresa foi vencedora de licitação para fornecimento do produto para várias prefeitura goianas, entre elas Silvânia e Leopoldo de Bulhões
A Polícia Civil de Goiás, por meio da Central Geral de Flagrantes de Aparecida de Goiânia, deflagrou na manhã desta quinta-feira (20/11) uma operação que resultou na apreensão de 4.500 kg de palha de café — equivalentes a 150 sacas de 30 kg — destinadas à adulteração de café industrializado. A ação também levou à interdição imediata de um depósito clandestino e da indústria responsável pelo produto.
A operação foi coordenada pelo delegado Humberto Teófilo, que recebeu uma denúncia anônima no dia 14/11, relatando o descarregamento irregular de grande quantidade de palha de café no bairro Jardim Veneza. Quando as equipes chegaram ao local, 146 sacas já haviam sido descarregadas, restando apenas quatro no caminhão.
O responsável pela movimentação, identificado como AEG, filho e sobrinho de sócios da indústria Cristal Du Puro, tentou fugir ao perceber a aproximação dos policiais, mas foi alcançado e preso em flagrante. Ele responderá pelos crimes de adulteração de produto alimentício (art. 272, §1º-A do Código Penal) e por manter em depósito produto impróprio para consumo (art. 7º, inciso IX, da Lei 8.137/90).
Durante a ação, foram apreendidas também diversas unidades de café das marcas Cristal Du Puro e Café Granado. Documentos encontrados no local mostram que esses produtos eram fornecidos via licitação para municípios como Minaçu, Carmo do Rio Verde, Vila Boa, Santa Fé de Goiás, Guapó, Abadia de Goiás, Anicuns, Goianira, Senador Canedo, Paraúna, Joviânia, Santa Helena de Goiás, Leopoldo de Bulhões, Silvânia e Piracanjuba.
A Vigilância Sanitária Municipal interditou tanto o depósito quanto a indústria, lavrando os autos cabíveis. Amostras foram encaminhadas para perícia oficial e também para análise da ABIC (Associação Brasileira da Indústria do Café), que irá verificar a pureza do produto e o uso regular do Selo de Pureza.
O delegado Humberto Teófilo afirmou que a investigação continua e que já foram solicitadas ao Judiciário medidas cautelares para manter a indústria suspensa por 90 dias, até a conclusão dos laudos técnicos. ( Fonte: O Hoje – Foto: Redes Socais )

