Lua de Sangue, fotografada a partir de Silvânia
Na madrugada da última segunda – feira, 21 de janeiro, o mundo testemunhou a ocorrência de mais um eclipse lunar, estando o Brasil em posição privilegiada para acompanhar o evento. O eclipse lunar ocorre quando há o alinhamento entre a Terra, o Sol e a Lua, ficando a Terra ao centro projetando a sua sombra sobre a Lua. São acontecimentos raros e de singular beleza, sempre citados ao longo da história humana, desde a antiguidade, possuindo elementos que aguçam a curiosidade do homem há milênios.
O aspecto mais curioso do eclipse lunar é o tom vermelho que a Lua assume durante o alinhamento, pois, além de estar eclipsada pela sombra da Terra, reduzindo assim o seu brilho drasticamente, a Lua fica avermelhada com tons de castanho. Tal característica deu origem ao apelido LUA DE SANGUE.
O eclipse do último dia 21 foi particularmente especial, porque também ocorreu a SUPER LUA, que se dá quando a Lua está mais próxima da Terra, aumentando assim o seu tamanho angular ao ser observada por nós.
A foto que ilustra este artigo foi tirada por Delberson Tiago de Souza, que é sargento da Polícia Militar, lotado na 47ª Companhia da PM de Silvânia e que possui como hobby construir telescópios e tirar fotos dos objetos do Universo. Usando um telescópio com ele mesmo construiu, Delberson Tiago fez a foto da lua de sangue às 03:10 horas da madrugada de segunda-feira, 21 de janeiro. Ele estava em sua residência, no Setor Sul em Silvânia.
Apaixonado por astronomia, em 09 de maio de 2016, o sargento Delberson, conseguiu registrar um outro momento raro: o planeta Mercúrio passando em frente ao 
sol.
Mercúrio é o planeta mais próximo do Sol e um dos menores do Sistema Solar, possui a menor órbita e a mais “apressada” entre todos os planetas. No último dia 9 de maio de 2016, o Brasil pôde acompanhar este raro evento astronômico, que é quando este pequeno planeta cruza o disco solar. O último que foi observado integralmente no Brasil ocorreu em 1960.
Ele passa a cada 116 dias entre a Terra e o Sol, mas, devido à inclinação de sua órbita ao redor do astro em relação à órbita terrestre, hora se encontra acima ou abaixo do Sol, na maior parte do tempo.
Por isso, o trânsito de Mercúrio à frente do Sol é pouco freqüente ocorrendo 13 ou 14 em cada século. O último ocorreu há dez anos. Os próximos serão registrados em novembro de 2019, novembro de 2032 e maio de 2049. (Com informações de Márcia Sousa – Rio Vermelho FM)