Pai Presente Volante realiza coleta de DNA gratuita em presídio de Bela Vista de Goiás para reconhecimento paterno de criança de 6 anos
A equipe do Programa Pai Presente Volante, da Corregedoria-Geral da Justiça de Goiás, se deslocou nesta terça-feira (18), até o presídio de Bela Vista de Goiás, para realizar a coleta de DNA gratuita de uma pessoa privada de liberdade e de uma menina de 6 anos para reconhecimento de paternidade.
Segundo a tia da criança, Rosângela Soares de Oliveira, que tem a guarda da menor, foi a primeira vez que a criança teve contato com o suposto pai após a morte da mãe. O momento de grande emoção também foi acompanhado pelo diretor do Foro de Bela Vista de Goiás, juiz Leonardo de Camargos Martins.
“Eu cuido da menina desde que o suposto pai foi preso e a mãe morreu. Uma criança sofre muito sem o acompanhamento do pai e é direito dela saber que ele existe, de ter o seu nome na certidão de nascimento. Essa é uma oportunidade única propiciada pelo pai Presente e não tivemos nenhum custo para fazer o DNA”, frisou.
De acordo com a gerente administrativa do Programa Pai Presente, Maria Madalena de Sousa, quando a mãe é falecida, o teste de DNA é obrigatório para as partes. “Em algumas situações excepcionais, o exame de DNA é imprescindível para que ocorra o reconhecimento paterno por meio do programa, a exemplo de casos em que a mãe for falecida ou ausente, o pai for estrangeiro ou menor de 18 anos, e se o pai for muito idoso ou apresentar doença grave”, explicou.
Relevância
Após 10 anos, Joelson Carvalho Dutra também conseguiu finalmente regularizar a paternidade de seu filho. Ele disse que não teve essa oportunidade antes, porque a mãe não contou que estava grávida na época e fez o registro apenas em seu nome. “Estou muito feliz de poder registrar meu garoto, reconhecê-lo oficialmente como meu filho. Sinto um orgulho e uma gratidão imensos”, ressaltou, comovido.
Para o juiz Leonardo de Camargos, o próprio nome do programa já demonstra a sua relevância e traz os pais para reconhecerem seus filhos, diminuindo o número de pessoas que não têm o nome paterno nos documentos oficiais. “Paternidade representa dignidade. A ciência comprova a importância do pai na vida e na formação de uma criança. Essa iniciativa do Pai Presente Volante é essencial porque concentra esforços e possibilita o reconhecimento paterno sem a necessidade de ações judiciais”, destacou.
Ação
A visita ao presídio municipal ocorreu de forma excepcional e fez parte das ações do Programa Pai Presente Volante em Bela Vista de Goiás. Também no município, os integrantes do programa realizaram 52 atendimentos no Centro de Convivência Social Lílian Ruth.
Instituído por meio do Provimento nº 125/2024, com foco em auxiliar na correção do registro civil de crianças, adolescentes e adultos de maneira espontânea e acessível (com deslocamento até o local designado na Região Metropolitana de Goiânia), o programa ajuda ainda a reduzir a evasão escolar e fortalece os vínculos parentais.
A coordenadora geral do programa é a juíza Vanessa Estrela Gertrudes, auxiliar da CGJGO, e o responsável em Goiânia é o juiz Eduardo Perez Oliveira. A gerente administrativa é a servidora Maria Madalena de Sousa. (Texto: Myrelle Motta-Divisão de Comunicação Social das Corregedorias/Imagens: Edmundo Marques – Centro de Comunicação Social e Karen Amorim – integrante do Pai Presente da CGJGO)
